

O que é: Os rins são os órgãos produtores de urina, localizados na região lombar, na parte posterior do abdome chamada retroperitônio. Podem ser acometidos por tumores, tanto benignos quanto malignos. Geralmente, estes tumores têm crescimento lento e apenas causam sintomas (dor nas costas, sangramento na urina, tumor palpável no abdome) quando já estão em estágios avançados. Felizmente, com o aumento no acesso e a melhoria da qualidade dos exames de imagem, a maioria dos casos diagnosticados atualmente são pequenos e estão restritos ao rim. O câncer de rim é o terceiro tumor maligno mais frequente do aparelho urinário, ficando atrás apenas do câncer de próstata e do câncer de bexiga.
Fatores de risco: Os principais fatores de risco são tabagismo, obesidade e hipertensão. Alguns estudos recentes apontam diabetes também como um contribuinte. História familiar (relacionada a alteração genética ou não) também está associada a um risco aumentado de desenvolver o câncer de rim.
Diagnóstico: O ultrassom de abdome pode levantar a suspeita de um nódulo sólido no rim. No entanto, a tomografia e a ressonância são os exames que fornecem maiores informações quanto a localização do tumor no rim, as chances deste tumor ser maligno e se ele está restrito apenas ao órgão. Apesar de extremamente úteis, os exames de imagem não conseguem garantir se o tumor suspeito é benigno ou maligno, sendo necessária a análise anatomopatológica (biópsia ou análise após a retirada do tumor) para o diagnóstico final.
Tratamentos: A escolha do melhor tratamento depende de diversos fatores, como tamanho do tumor, extensão (se está somente no rim ou não), e localização. A nefrectomia (retirada do rim) é o tratamento cirúrgico padrão, porém atualmente as nefrectomias parciais (retirada somente do tumor, mantendo o restante do órgão) têm ganhado espaço, principalmente com o advento das técnicas minimamente invasivas como a laparoscopia e a cirurgia robótica. Alguns tumores muito iniciais ainda podem ser tratados através de crioablação ou radiofrequência, nos quais o tumor é destruído com uma punção guiada por imagem, sem a retirada da lesão. Porém estas opções são menos disponíveis e somente alguns casos podem ser candidatos a estes tipos de tratamento.