

O que é? A disfunção erétil, ou popularmente impotência sexual, é a dificuldade em obter e manter uma ereção suficiente que permita atividade sexual satisfatória. Apesar de ser uma doença benigna, afeta a saúde física e psicológica e impacta a qualidade de vida dos pacientes e pessoas com quem se relacionam. Aproximadamente 5 a 20% dos homens tem DE moderada a severa.
A causa da disfunção erétil é geralmente multifatorial e pode ser devida à alterações orgânicas (vasculares, neurológicas, endócrinas), após alguns tipos de cirurgias (principalmente pélvicas), relacionada ao uso de certas medicações ou devida à alterações psicogênicas (fator importante e presente em comum com a maioria dos outros fatores).
Além disso, a disfunção erétil tem fatores de risco em comum e pode ser considerada como um prenúncio de doença cardiovascular. Os mais comuns são sedentarismo, obesidade, tabagismo, hipercolesterolemia e síndrome metabólica. A modificação destes fatores de risco através de tratamentos específicos, mudanças de hábitos de vida, perda de peso e exercícios físicos pode reduzir e prevenir o desenvolvimento da impotência sexual.
Diagnóstico: É feito pela avaliação clínica e história do paciente, mas alguns casos podem necessitar de exames específicos, como a avaliação hormonal, ultrassom doppler peniano com ereção fármaco-induzida, testes de condução nervosa e avaliação psicológica especializada.
Tratamentos: Envolve a melhora dos fatores de risco citados acima e três linhas de tratamento:
– Primeira linha: Estão os medicamentos chamados inibidores da fosfodiesterase, entre eles a sildenafila (Viagra®), tadalafila (Cialis®) e vardenafila (Levitra®). Eles não são iniciadores da ereção e necessitam de estimulação sexual para que a ereção ocorra. Os efeitos colaterais comuns incluem dor de cabeça, rubor facial, tontura, dispepsia e congestão nasal, sendo geralmente bem tolerados. O seu uso é seguro, mesmo em pacientes com histórico de doenças cardíacas bem controladas.
– Segunda linha: Quando não há resposta satisfatória às medicações orais, está indicado o uso das injeções intracavernosas (alprostadil ou Trimix). Seu uso deve ser feito com cautela e somente após orientação e treinamento com seu médico urologista em consulta ambulatorial. Tem eficácia comprovada e não necessitam de estímulo sexual para iniciar a ereção. As complicações das medicações intracavernosas incluem dor peniana (até 50% dos pacientes), ereções prolongadas (5%), priapismo (1%) e fibrose peniana (2%).
– Terceira linha: Envolve o implante cirúrgico de próteses penianas. As próteses são maleáveis (semirrígidas) ou infláveis (dois ou três componentes). Muitos pacientes preferem as próteses de três componentes porque as ereções são mais “naturais”, mas estes implantes são mais onerosos.